quinta-feira, 5 de maio de 2011

Partidos Políticos da América Latina

PARTIDOS POLÍTICOS DA AMÉRICA LATINA
Políticos dos Pampas
Ocupadas pelas populações indígenas que atravessavam aquelas planícies, deslocando-se entre o Chaco e a Patagônia disputada pelos espanhóis e portugueses, pelo gaúcho congenitamente nômade e indócil e, depois, pelos imigrantes, a região dos pampas, entre os Andes e o Atlântico,  pode ser considerada o coração e a alma da América Meridional. Seu espaço político sempre foi alvo de contendas impetuosas e rústicas, tanto pelas elites concentradoras da riqueza e  o poder, quanto pelas atividades contínuas de caudilhos.
Militarização                                                                   
Em cada país, tanto do lado de lá quanto do lado de cá do rio da Prata, proliferavam comunidades indígenas, espanhóis e portugueses nômades, caudilhos e militares, conduzindo, ao seu modo, contestações aos governos, o aprofundamento das lutas pela autonomia, acobertados por milícias que eles mesmos organizavam na esfera dos seus domínios.  As contradições decorrentes do modelo rude e intenso de relacionamento entre os pampeanos contribuíram, por outro lado, para transformar os campos sulinos numa zona efervescente de lutas e ideias políticas, cujas ações não se davam por meios convencionais. Campeadores ágeis do gado errante, eles desarvoravam os sistemas de  segurança e desarticulavam os interesses das potências internacionais na sub-região,  práticas que terminaram por conduzir à militarização de todo o Cone Sul, contribuindo para a configuração de uma cultura sub-regional e modelos de governo de perfis autoritários, que se tornaram característicos da região.   

Lutas particulares, nações independentes
Embora alguns tenham lutado juntos nas guerras da Independência, esses caudilhos conseguiram fragmentá-la, tomando como suas as disputas entre Espanha e Portugal, desviando-se do curso de qualquer possibilidade de integração entre os territórios que vieram a se tornar nações independentes e autônomas.
Estabeleceram-se com isso limites físicos e fronteiriços sub-regionais, incorporando e separando populações nativas que seriam, logo a seguir, despojadas de suas culturas pelos “misioneros” e, depois, de suas terras pelas sucessivas correntes migratórias internas e externas assentadas na região.
A instituição dos Estados nacionais não apaziguou os ânimos dos habitantes dos pampas. Enraizados na violência campal, a caudilhagem não se inibiu. Foi mantida ao longo de quase todo o século XIX, em que os países se organizavam. Aquelas disputas hegemônicas sub-regionais só começaram a ser amenizadas quando apareceram as primeiras agremiações partidárias canalizando para a retórica a violência campal generalizada, isso já quando  o século se aproximava do   final. 
Os  partidos surgidos nesse período, embora tenham mudado de nome e gerado novas siglas ao longo de sua existência, mantinham praticamente raízes e caules autônomos atrelados às representações da vida regional, parecendo sugerir raízes rizomáticas  que marcaram, no imaginário das populações,  a presença dos eventos fundadores políticos de  cada grupo, independentemente do nível e da diversidade ideológica alcançada. 
Deleuze y Guattari definen en el rizoma como una “extensión superficial ramificada en todos los sentidos”. El recorrido no secuencial (no lineal) que genera este accionar, manifiesta otra de las características mencionada por estos autores, como la carencia de un principio y un fin: el rizoma no empieza o acaba sino que se encuentra en el medio, entre las cosas, produciendo un movimiento constante al entrar y salir de ese intermezzo que destruye todo inicio y final. Este medio que crece y desborda construye multiplicidades difíciles de localizar por su naturaleza cambiante y evasiva através de las líneas de fuga de la red. La deslocalización o desterritorialización se manifiesta através del aspecto colaborativo del trabajo en comunidad.” (MATERWECKI, 2008).
Muchas veces se ha dicho que 1880 representa "el fin de la Argentina épica y el comienzo de la Argentina moderna", sin embargo la frase es válida sólo en un determinado sentido: las guerras y los levantamientos de caudillos fueron dejadas atrás y es cierto que nacieron los partidos politicos y los debates parlamentarios, pero también nacieron nuevos problemas y enfrentamientos, especialmente con la inmigración (História de Argentina – Mercosul, título 1).

Ajustes Partidários
As lutas de libertação nacional e as forças políticas internas, sufocadas até então, de repente emergiram, numa entusiástica mobilização pela democracia,  contribuindo para um ajuste pluripartidário, no qual foram acomodados,  inclusive, grupos que haviam radicalizado suas atividades clandestinas, pegando em armas.
Na área social, cada segmento – universidades, sindicatos, meio científico, economia e até a igreja - procurava recuperar o tempo perdido. Essa explosão de criatividade se estendeu à área cultural, cujas manifestações viviam sob o efeito das censuras e proibições.
Circuitos de desencontros
[...] a situação sul-americana ainda se caracterizava por “hipóteses de guerra” ou graves tensões entre Argentina e Brasil,  Argentina e Chile, Bolívia e Paraguai, Bolívia e Chile, Bolívia e Peru, Peru e Equador, Equador e Colômbia, Colômbia e Venezuela, Venezuela e Brasil, num circuito perfeito de desencontros, associando vizinho a inimigo e  fronteira a muro divisório” (GUELAR, 1996).



Modernização
Com a modernização, resultado de um intenso processo migratório europeizante, as disputas políticas no interior chegaram ao ápice histórico de um modelo ambíguo de governo típico das culturas criolas da América Latina: caudilhesco, nacionalista exacerbado e autonomista.
A modernidade trouxera, entretanto, a industrialização e, com ela, uma nova relação social, introduzindo na América Meridional a figura do operário que, unindo-se à sociedade civil, reivindicou para si, por meio de grandes mobilizações, também um espaço na política
Partidos Burgueses
ž  Partido Socialista
ž  Partido Comunista
ž  Partidos obreros
ž  Democracia Crista
ž  Movimento Popular

Uruguai  - Partídos Políticos
Partido Nacional (blancos).
Fundadores Gen. Manuel Oribe e Aparício Saraiva.  Sua criação remonta a chamada Batalha de Carpinteria, em 19 de setembro de 1836, contra o exército de Gen. Fructuoso Rivera.
Seus combatentes usavam divisas brancas. Identifica-se com o populismo e contra o liberalismo, mantém vínculos com a propriedade da terra, e com o pensamento criolo.
 Partido Colorado, 1836,
líder carismático Fructuoso Rivera, ideologia liberal, urbana.
Suas correntes internas vão da centro-direita à social-democracia);

Argentina -  Partídos Políticos
Entre 1870 e 1890 entraram no país cerca de um milhão de imigrantes . As guerras e os levantes de caudilhos foram sendo abandonados.
 As contradições geradas, já que o país já existia enquanto Nação,  terminou fazendo aparecer  uma divisão política entre os “patrícios” (criolos) e os imigrantes, e com eles os partidos políticos. O primeiro partido político argentino legitimamente constituído foi a União Cívica Radical (1890), posicionado contra a anarquia de que foi tomado o país nos últimos anos do século XIX. Mas, o Gen. Júlio Rocca disputou as eleições por um Partido Autonomista Nacional (Pan), de linha criola, caudilhesca, vinculado à oligarquia rural que concorria com o Partido Republicano,  que sustentou Sarmiento na Presidência da República, considerado de linha modernizadora.  A modernização do país agregou à política argentina a linha justicialista, de caráter populista,  ou seja, absorvia as tensões sociais, e que tinha Juan Domingo Perón, como seu ícone.
Brasil – Partídos Políticos
Os partidos políticos no Brasil funcionaram quase que como representantes de facções, divididas entre conservadores e liberais.No Sul, as forças políticas vão se dividir entre federalistas  (maragatos) e republicano (chimangos). O primeiro partido mesmo vai ser o Partido Libertador, criado pelos federalistas, liderados por Silveira Martins, e o Republicano Riograndense liderado por Júlio de Castilhos. O Partido Republicano tornou-se uma agremiação regional,  tomando o nome de cada estado e com isso confundia-se com a identidade das lideranças carismáticas . A modernização político-partidária veio com o fim da ditadura de Vargas, quando emergiram três grandes partidos nacionais:
UDN  - liberal, de direita,
PTB  - populista
PSD  - uma espécie de partido de linha criola.

Paraguai - Partídos Políticos
Os principais partidos políticos  são:
·         Asociación Nacional Republicana – colorado
·         Liberal Radical Auténtico
·         Partido Comunista
·         Doutrina Schneider  (Prats) - Profissionalismo
·         Partido Comunista – marxista
·         Partido Socialista (1933)
·         Movimimento de Acciòn  Popular Unitário (Mapu) (1969)
·         Democracia Crista
·         Movimiento de Izquierda Revolucionária(MIR)(1970)
·         Uniao Radical

Bolívia – Partídos Políticos
·         Partidos conservadores/
·         Partidos revolucionários
·         Movimiento Nacionalista Revolucionário(MNR)
·         Partido de la Izquierda Revolucionária(PIR)
·         Partido Obrero Revolucionários (POR)
·         Falange Socialista Boliviana (FSL)

Venezuela – Partídos Políticos
·         Conservadores (gen Paez)e liberais (Guzmancistas)
·         General Zamora (Gen. Del Pueblo Soberano) virou Partido Federalista
·         Guzman: Autocrata Civilizador/Rehabilitaciòn Nacional
·         Cipriano de Castro/Gomez
·         Partido Revolucionário Venezoelano(1926)PRV
·         Patido Comunista de Venezuela (PCV)
·         Associaciòn Revolucionária de Izquierda(ARI)
·         Partido Organizaciòn Venezolena (ORVE)
·         Partido Democrático Nacional (PDN)
·         Acciòn Democrática (AD): Bettancourt : Plan Barranquilla (Apra)

20 comentários:

  1. A instabilidade política foi característica marcante do processo de formação da América Latina. Como constituir Estados soberanos em meio as variações de tendências políticas? O processo de independência da América Latina foi tardio, haviam atividades econômicas, a cultura estava aos poucos se formalizando, o que era preciso? Governos que se preocupassem em administrar e consolidar os Estados nacionais, ou seja, exercício da política. Nesse sentido surgiram vários partidos políticos que defendiam os mais variados interesses, entre eles, o poder de direcionar e controlar o país. O caudilhismo, foi um movimento marcante no quadro de instabilidade política, formado por chefes políticos locais ou regionais, que tinham autoridade pessoal forte junto às camadas populares. O Chile e o Paraguai foram os únicos países da América Espanhola que não conheceram a instabilidade política gerada pelo caudilhismo. Hoje, no Brasil, existem 27 partidos políticos, o que um dia foi pensado para desenvolvimento da nação, hoje, penso que a existência de tantos partidos serve para enfatizar a satisfação de interesses pessoais escondidos por artifícios morais, sendo que os interesses coletivos ficaram pra lá do segundo plano. Política, é importante? SEM SOMBRA DE DÚVIDAS!!!Agora o que fazem dela é onde está o problema....

    PARABÉNS AO GRUPO!!!!

    VASTI LÍNIVE

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  2. Sem sombra de dúvidas o sistema político atual com seus adjetivos mais sórdidos é reflexo dos jogos de interesses descarados usados desde o início da consolidação da América Latina como detentora de uma identidade socio cultural.
    Essas heranças estruturais são as causas da esterilidade dos movimentos socio políticos atuais.
    Os passos para a transparência total e produtividade só poderão ser dados quando de fato passar-se a crer que negar o passado e colocar um ponto final nele, é possível, e que se irá escrever diferente de lá em adiante.


    Flávio. L. D

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  5. Apesar de toda as instabilidades observadas na América Latina, sejam elas políticas ou econômicas, principalmente durante a década de 1980 na qual vários países da região eram dominados por ditaduras, entre eles o Brasil e a Argentina, é inegável que, apesar desses períodos turbulentos e de censuras das mais variadas, mas para este contexto e uma das piores, a censura política, talvez seja justamente por causa destas instabilidades e da censura que hoje a América Latina observa um alto grau de democracia, claro com a exceção de Cuba, e a "democracia" da Venezuela.
    A história prova que o povo, por mais que ature uma ditadura longíqua, chega a um patamar que questionamentos ativos são inevitáveis, e isso eventualmente, seja por processos mais pacíficos ou na maioria das vezes, brutais, de períodos curtos ou longos, em um determinado momento essas participações da sociedade corroem tanto a estrutura política que as ditaduras não mais conseguem se sustentar e um processo democrático toma parte.
    Nesta fase que fica evidente a importância da democracia e de um sistema pluripartidário, onde a livre manifestação de ideologias e doutrinas se consolida nos partidos políticos, o qual cada um visa o desenvolvimento do país, mas com métodos diversificados. Apesar de existirem os partidos radicais, sejam a extrema esquerda ou extrema direita, a própria garantia constitucional do sistema pluripartidário diminuí as forças dos mesmos e os partidos que seguem pelas doutrinas mais moderadas, mais proeminentemente os de centro-esquerad e centro-direita ganham afeição da população, e possivelmente serão eleitos e garantirão a perpetuação do Estado Democrático.

    Ademais, parabéns ao grupo pelo trabalho, deveras esclarecedor e perdão pelos índicios que restaram das minhas postagens anteriores. É a mania de postar algo para depois revisar, e consequentemente achar erros, e mesmo apagando ainda sobrevive a indicação de que postei algo. =)

    Felipe Calazans Martins

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  6. Antes de surgirem os primeiros partidos políticos na América Latina, o continente vivia um intenso conflito. Com o surgimento dos partidos, a violência passou para o campo retórico, transformando essa situação. Os partidos políticos, o sistema pluripartidário, tudo isso trouxe benefícios; a ponto de 1880 (por volta desse ano que surgiram os primeiros partidos) ser considerado o fim da Argentina época e o começo da Argentina moderna. Mas, se os partidos políticos contribuíram para o fim de certos conflitos, por outro lado surgiram novos problemas decorrentes dos próprios partidos. Ainda assim, a experiência mostra que sem eles seria pior. Seria como defendeu Hobbes, o Estado é necessário para impedir que os homens entrem em conflito no estado de natureza, e os partidos constituem um Estado. Mesmo assim, muito ainda tem que ser feito, pois a política atual possui suas deficiências.

    João Batista de Oliveira Neto.

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  7. Como disse o professor , ruim com eles pior sem eles ......rsrs

    Verdade seja dita, os partidos politicos são o exemplo de libertade ideologica e politica que a paises democraticos tem como identidade. Um país que não possui uma estrutura pluripartidaria fica vuneravel as vontades dos poderosos, sem a possibilidade de participação das clases diversificadas.


    Bruno Luis

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  8. Os avanços politicos alcançados durante e decada de 1980,permitiram a retomada,em novas bases,dos movimentos integracionistas da America Latina,com a participação de novos atores,especialmente dos parlamentos nacionais atraves das organizaçoes parlamentares supranacionais.

    Ao grupo meus parabéns,foi uma boa apresentação..

    Juliana Fernandes

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  9. Bem colocado, Bruno! Apesar da herança política negativa que muitos países latino-americanos têm, é mais válido um sistema pluripartidário hostil -mas que permite a participação de vários grupos da sociedade e que pode ser melhorado, pelo caráter dinâmico - do que a submissão total das classes aos "poderosos". Ainda hoje os partidos na América Latina continuam estruturando a competição e dando forma aos resultados eleitorais; continuam criando o universo conceitual que orienta os cidadãos e as elites no que se refere à compreensão da realidade política, ajudam a costurar acordos em torno de políticas governamentais, estabelecem ações para a produção legislativa; provêm de quadros as instituições e, com tudo isso, tornam o sistema político operativo. Os partidos continuam sendo os atores principais na estruturação da dinâmica política latino-americana, apesar de certas exceções de sistemas pontuais e do papel que cada vez mais têm os meios de comunicação de massa e alguns novos movimentos sociais.

    Marla Tavares

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  10. Eae galera,
    Partidos politicos não é uma tema legal e fácil de analisar ainda mais na América Latina que viveu e vive um ambiente bobulhante de ideias e revoluções.
    Bom, os partidos politicos na América Latina tiveram e ainda tem um papel relevante dentro das republicas da região, a ideia de representar uma ideologia e maneira de governar ainda deveria ser o papel desses organismo que acabaram por servir aos interesses de politicos.
    O Brasil infelizmente vivemos algo similar, em um texto do Fernando Henrique Cardoso a revista Interesse Nacional, o ex-presidente coloca o papel da oposição em especial no Brasil os sociais-democratas, frente a uma esquerda que historicamente radical e fechada, agora no governo sendo mais liberal e aberta, capitalista e introduzindo um modelo de inserção internacional aparentemente mais eficiente e produtiva que as anteriores. A capacidade de adaptação de publico e de formulaçao de politicas sociais que atendam maiores demandas da população e se adapte tambem os novos assuntos da agenda internacional e capacidade de atuar em um cenário mais diversificado e complexo do que nunca. Nesse sentido os partidos politicos tambem estariam passando por uma necessidade de reformulação, tanto para gerar mais credibilidade na população como para realmente conseguir fazer-se ouvir varias correntes de pensamento, como a Constituição coloca, vários partidos devida a climagem ideologica da região.

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  11. E esse partido socialista que temos hoje que se vale de jogadas de marketings para a criação de políticos carismáticos estilo "lulinha paz e amor" que ta pegando na america latina.No Brasil com o lula , agora Humala no Peru.

    curte só

    ao vencer as eleições Humala,
    [...]
    Ele passou a se apresentar como a versão peruana de Lula, prometendo desenvolvimento com inclusão social e afastando-se de Chávez.

    Humala imitou Lula nos meses anteriores à eleição. Passou a usar linguagem mais moderada e deu garantias de manutenção das instituições e da ordem econômica. [...]

    o globo.

    Douglas Andrade F. Cavalcante

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  12. Que tema complicado hein?! Bem, os partidos são importantes na vida política da América Latina. Apesar das percepções gerais dos cidadãos e de algumas análises, a tendência geral que se manifesta é de certa estabilidade na configuração dos sistemas partidários latino-americanos. os partidos na América Latina continuam estruturando a competição e dando forma aos resultados eleitorais; continuam criando o universo conceitual que orienta os cidadãos e as elites no que se refere à compreensão da realidade política, ajudam a costurar acordos em torno de políticas governamentais (muitas vezes de maneira conjuntural, como alianças fantasmas e até por políticas específicas, mas o fazem), estabelecem ações para a produção legislativa; provêm de quadros as instituições e, com tudo isso, tornam o sistema político operativo. Os partidos continuam sendo os atores principais na estruturação da dinâmica política latino-americana, apesar de certas exceções de sistemas pontuais e do papel que cada vez mais têm os meios de comunicação de massa e alguns novos movimentos sociais.
    Dada a centralidade que os partidos continuam tendo, é interessante pensar na necessidade de conhecer ainda mais como funcionam internamente. Isso nos leva a mudar a unidade de análise dos sistemas partidários para os partidos e observar o modo como interagem os diversos atores que os integram; suas características e sua natureza; sua participação nos processos de tomada de decisões; o modo como se produz a política e esta se exerce. Se os partidos continuam sendo centrais no sistema político, então será preciso aprofundar seu estudo. Uma linha de trabalho que surge como proposta é a que centra a unidade de análise nas estratégias que desenvolvem para alcançar suas metas. Ao querer ganhar eleições, contam com estratégias organizativas (decisões e atividades) que lhes ajudam a conseguir seus fins. Quem sabe, ao aprofundar este tipo de análise, se conheça mais ainda o modo como se estruturam e funcionam, o que ajudaria a refletir sobre suas falências e contribuiria para estabelecer os pontos que levam a sua desconexão com os cidadãos... Esse grupo teve uma responsabilidade enorme, de falar de um tema tão complexo, mas foi bastante interessante... Parabéns!

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  13. Vê-se que independente da população, a questão política sempre esteve presente.
    A necessidade de autoridades, para organizar uma sociedade, seja ela qual for, é de extrema importância. Existiram vários partidos na América Latina, para descobrir com qual o povo destas sociedades, receberiam melhor em suas determinadas épocas. Mas não podemos esquecer que cada partido que já existiu, foi consequência de qual país fazia, por exemplo, do Brasil uma colônia. Para o desenvolvimento de cada partido em cada país da América Latina, é preciso olhar para o passado, e ver até onde chegaram. Precisamos olhar para a sociedade, e ver a sua formação atual e ver o que essa sociedade passou no passado, e perceberemos que certos tipos de partidos não cabem a essas sociedades. Exemplo disto, no Brasil, não caberia os partidos políticos que há no Japão.



    OBS: Minha opinião. Gostei muito desse tema.

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  14. Minha opinião ao grupo não comentaram o tema ,deixando de lado o interesse ,ficaram lendo .Mas,a sociedade ao relexo de países iberico-americano ,em mudanças estruturas .
    Parabéns, ao grupo.
    Alana Teles

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  15. Somente uma contribuição na forma de mensagem para reflexão de vocês:
    “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não deve , não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito, dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais” (BERTHOLD BRECHT, escritor e dramaturgo alemão)

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  16. Os partidos políticos são de extrema importância para a vida política da AL. A configuração desses sistemas partidários legitimam e ordenam o sistema político. Além do mais, estruturam a competição e ajudam a formar acordos sobre diferentes temas das agendas internas.
    Concordo com o que a Vasti comentou sobre a real atuação dos partidos brasileiros. Hoje, os partidos mais defendem os interesses próprios e tentam criar situações problemas para mostrarem-se atuantes na vida política do país. Muitas vezes esquecem de assuntos que precisam ser discutidos ou discutem soluções que irão beneficiar a eles mesmos.

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  17. Fica-se claro com desenvolver da história de que como vertentes políticas mudam a história de um país. Destaco o ditadura na América Latina como uma mancha negra na história e que todos os países devem lutar para que a mesma não se repita.

    Tiago Miranda Nunes

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  18. A formação e desenvolvimento dos partidos políticos foi fundamental para o política que temos hoje. Os partidos são importantes e contam na vida política da América Latina.

    O assunto é bastante extenso, mas foi bem explicado pelo grupo no pouco tempo de apresentação. Parabéns.

    Bruna Fonseca

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  19. Os sistemas partidários da América Latina são
    mais estáveis do que em termos gerais que costuma sustentar. Apesar da percepção hostil
    sobre os partidos, os sistemas de partidos apresentam certos níveis de estabilidade na região, afora
    casos como Venezuela e Peru, que parecem ser mais a exceção do que a regra.

    Camila Viana do Rosário

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  20. A região Sul do continente que esteve movimentada pelas influências das lutas de independências, por líderes “libertários” e revolucionários (detinham poder extra-constitucional) que confrontavam as elites dominadoras do subcontinente fez mudar a percepção das massas e das correntes partidárias, transformando-as a partir dos confrontos violentos ao qual a região Sul esteve atrelada. Essa região do Sul do continente foi conduzida a um processo forte de militarização exercido por uma forte corrente autoritária (latifundiários, militares) que manobravam ofensivas revolucionárias trazendo as massas ao seu favor. Surgia com isso, lutas por autonomia na região, e confrontos entre elites (que detinham poder e a riqueza) e os rebelados caudilhos (revolucionários) que promoviam o clima tenso regional e a divisão da sub-região Sul, separadas por fronteiras físicas facilitando a independência e autonomia dos Estado-nação. Provoca um novo problema a enfrentar, no caso a sub-partição de povos que antes identificados por sua origem nativa dentro de um território, passa a incorporar-se em outra sub-cultura. Com a conformação dos Estados estes passam a fomentar a organização de instituições partidárias para a representação democrática (legal, de acordo com uma constituição) para que a sociedade obtivesse a oportunidade de transformar a atividade política de acordo como suas necessidades e interesses, conduzindo-as ao desenvolvimento e ao progresso nacional.

    Killymandjara Kenia

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