- América Latina após a independência e o nascimento da Cepal
É fato que os países latino-americanos sofreram com o sistema de exploração colonial mantido pelos europeus – mais especificamente Espanha e Portugal – durante mais de três séculos. Com o passar dos anos, foram iniciadas as lutas pela independência, as quais obtiveram sucesso entre os anos 1808 a 1825 e cuja realização contou com a atuação de grandes líderes da região, como Simon Bolívar ("o Libertador") e José de San Martín. Vieram, então, as independências da Venezuela, Colômbia, Equador, Honduras, Guatemala e assim por diante. Brasil e México, por sua vez, tiveram a experiência da Monarquia.
Após a conquista da independência, porém, os países da região sofreram com um período de desordem causada pela instabilidade econômica e política. A economia da época era predatória e débil frente às oscilações do mercado mundial; os países eram meros fornecedores de matérias-primas e as relações de produção eram medievais. Aqueles que foram se estabilizando, para atender as demandas da Europa e dos EUA, se especializaram na produção de um determinado produto para a exportação. A especialização primária, porém, trazia desvantagens para esses países, havendo deterioração dos termos de troca, preços inelásticos dos produtos por eles exportados, além da resistência dos trabalhadores à redução dos salários, que piorava a situação.
Percebia-se, dessa forma, que tal estrutura levaria a uma assimetria eterna entre os países periféricos e centrais. Era preciso desenvolver modelos industriais substitutos e formas mais eficazes de desenvolvimento autônomo para a América Latina. Com a criação da ONU em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, essas discussões começaram a ser desenvolvidas. Assim, nascia a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal)*, em 25 de fevereiro de 1948.
“A CEPAL é uma das cinco comissões econômicas regionais das Nações Unidas (ONU). Foi criada para monitorar as políticas direcionadas à promoção do desenvolvimento econômico da região latino-americana, assessorar as ações encaminhadas para sua promoção e contribuir para reforçar as relações econômicas dos países da área, tanto entre si como com as demais nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho ampliou-se para os países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover o desenvolvimento social e sustentável.”
(Escritório da Cepal em Brasília - http://www.eclac.org/brasil/)
*Os Estados-membros são: Alemanha, Antigua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Espanha, Estados Unidos da América, França, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Itália, Jamaica, Japão, México, Nicarágua, Países Baixos, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Dominicana, República da Coréia, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela. Os Páises-membros associados são: Anguilla, Antilhas Holandesas, Aruba, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Virgens dos Estados Unidos, Montserrat, Porto Rico, Ilhas Turcas e Caicos.
- As vertentes formadoras do pensamento Cepalino
Keynesianismo
Keynes defendia a intervenção do Estado na economia. Ele dizia que a interferências nos mecanismos de mercado passasse a ser vista como necessária “não apenas de um ponto de vista moral, mas a partir de um ponto de vista estritamente econômico".
O “liberalismo de exceção”
Autores liberais que influenciaram o pensamento cepalino como Smith e Stuart Mill admitiam o liberalismo como regra não deixou de, em alguns momentos, alistar motivos e razões pelos quais o livre mercado impunha problemas, exceções a regras em casos especificos.
O “Positivismo”
O Positivismo admitia a possibilidade de intervenção estatal, não apenas como exceção, mas como regra que o governante poderia se valer quando houvesse forte necessidade social.
"List”
Friederich List foi um dos economistas que mais influenciou o pensamento cepalino seja pela semelhança de ideias e argumentos, seja por defender um tipo de intervencionismo muito próximo ao dos estruturalistas cepalinos. List também defendia enfaticamente a industrialização e criticava o livre cambismo.
O “liberalismo de exceção”
Autores liberais que influenciaram o pensamento cepalino como Smith e Stuart Mill admitiam o liberalismo como regra não deixou de, em alguns momentos, alistar motivos e razões pelos quais o livre mercado impunha problemas, exceções a regras em casos especificos.
O “Positivismo”
O Positivismo admitia a possibilidade de intervenção estatal, não apenas como exceção, mas como regra que o governante poderia se valer quando houvesse forte necessidade social.
"List”
Friederich List foi um dos economistas que mais influenciou o pensamento cepalino seja pela semelhança de ideias e argumentos, seja por defender um tipo de intervencionismo muito próximo ao dos estruturalistas cepalinos. List também defendia enfaticamente a industrialização e criticava o livre cambismo.
- A construção do pensamento Cepalino
Desde os seus primórdios, a CEPAL tem buscado promover o desenvolvimento econômico e social e a cooperação entre os países, mediante vários trabalhos que, sem ignorar as contribuições genéricas da análise econômica, contemplam as características particulares e os problemas específicos das nações da América Latina e do Caribe.
A evolução das idéias cepalinas foi construída por duas etapas:
- Etapa Estruturalista (1948-1990), em que o foco era a Industrialização (anos 50); as Reformas (anos 60); os Estilos (de solução para endividamento dos países versus o fortalecimento exportador); e a superação com crescimento da asfixia da dívida (anos 80).
-Etapa neo-estruturalista (1990-2008), cuja preocupação se refere à transformação produtiva com equidade.
Os temas mais relevantes atualmente abordados pela Cepal são: Emprego, educação (estes primeiros como sendo a chave para o rompimento da pobreza e desigualdade), proteção social, distribuição de renda, pobreza, demografia e meio ambiente.
Notícias atuais interessantes
http://www.correiointernacional.com/archives/6059
http://acritica.uol.com.br/noticias/Cepal-IED-AL-Caribe-cresce_0_474552855.html
http://www.idhalc-actuarsobreelfuturo.org/site/enlosmedios_03.php
Grupo: Nayara Amorim,Fabiana Rodrigues e Marla Tavares
Oie,
ResponderExcluiraqui está um pouquinho da história da Cepal, em que contexto social e econômico ela foi criada -drástico na América Latina, diga-se de passagem-,os objetivos dela e no que são baseadas as ideias cepalinas. Uma questão que até levantei em sala: Os esforços da Cepal foram e são extremamente importantes nesta região do continente, mas, é necessário que sejam criados projetos e ações mais fortes a fim de acabar com a pobreza e a desigualdade.Para se ter uma ideia, a América Latina concentra 10 dos 15 países mais desiguais do MUNDO!! E o nosso querido Brasil é um dos. Menos mal, a pobreza absoluta está diminuindo nos países latino-americanos. é isso.Fica esse ponto se alguém quiser discutir. =]
Reportagem completa sobre a desigualdade na AL aqui>>>> http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/07/america-latina-concentra-10-dos-15-paises-mais-desiguais-diz-relatorio.html
Reportagem sobre a diminuição da pobreza >>http://www.memesjuridico.com.br/jportal/portal.jsf?post=30314
Eu era desse grupo!!!hdusahudhsau
ResponderExcluirBricadeira a parte, parabens meninas o tema complexo de destrinchar e que ainda é bem atual.
Bom o pensamento cepalino teve e tem um grande papel para a formulação de politica externa do Brasil e da região, desde o Bum industrial e abertura de mercado da decada de 60 atravé do modelo de substituição de importação, até a formação das industrias atuais. O conceito de subdesenvolvido e centro são relevantes para a inserção mais realista baseado na repetição do modelo americano que prejudicou durante muito tempo a região e partindo para uma politica mais conciente e eficaz para região que historicamente passou por crises e revoluções sociais.
Que teminha complicado... bom, queria ressaltar alguns pontos por aqui... Pois esse tema é muito interessante pq, empenhando-se em inverter a tradição herdada dos tempos coloniais, os cepalinos, também conhecidos como integrantes da "escola estruturalista", asseguravam que antes de tudo era preciso fomentar um mercado interno, protegido das manufaturas estrangeiras, mas não do capital privado estrangeiro.ao contrário da clássica doutrina liberal do não-intervencionismo, eles, a lá Hegel, promoveram o Estado como centro da racionalidade. Por meio do planejamento ele seria o estrategista-mor do desenvolvimento industrial, estabelecendo as áreas que mereciam os maiores aportes de capital, quando não ele mesmo assumir os financiamentos de longo prazo (como no caso do BNDES, o Banco Nacional).
ResponderExcluirdevia-se substituir as importações de manufaturados: ao invés de trocar automóveis por grãos, minérios ou couros, seria melhor atrair as montadoras para investirem diretamente na América Latina. a instalação delas provocaria um efeito multiplicador sobre toda a vida econômica. Furtado - que operou um impressionante sincretismo teórico entre o pensamento econômico clássico, o historicismo marxista, o keynesianismo e o cepalismo -, equacionou seu pensamento em torno da superação da polarização desenvolvimento-subdesenvolvimento. Situação esta que passava a ocupar a antiga configuração vinda dos tempos do mercantilismo que separara o mundo entre metrópole e colônia. Se foi a metrópole que criara a colônia, depois da independência latino-americana o desenvolvimento criara o subdesenvolvimento. Eram faces da mesma e injusta moeda.
O sistema internacional acabou se modificando... O mundo do após a Segunda Guerra era formado por um super-centro, ocupado por reduzidas nações industrializadas, e uma vasta periferia de países pobres e dependentes, ansiosos por superar sua situação.
O que se vê é que nem os traumas dos movimentos de independências impediram o desenvolvimentos desse povo tão forte, atrasado sim, mas não inerte.
ResponderExcluirFlávio de Lima
O melhor grupo.rsrsrs
ResponderExcluirA CEPAL foi criada, justamente para ajudar os países da América Latina a se desenvolverem, já que são países "atrasados". a CEPAL olha especialmente para esses países, dando o auxílio necessário. Até hoje esse mecanismo funciona, porém não é totalmente eficaz. A CEPAL não é suficiente para acabar com as desigualdades da América Latina.
Após a independência dos países da América Latina , houve um período de desordem nos aspectos políticos e econômicos. A inserção da América Latina no mercado mundial foi complicada, pois até hoje os países latinos são fortemente conhecidos por fornecerem matérias-primas, o que traz desvantagens perante os demais países. O mundo estaria sendo dividido em países periféricos e países centrais. A CEPAL, foi criada com o pensamento de promover o desenvolvimento econômico dos países latinos. No meu ponto de vista, o pensamento cepalino serve para reforçar a desigualdade e o subdesenvolvimento da América Latina perante os países centrais.
ResponderExcluirPARABÉNS AO GRUPO!!!
VASTI LÍNIVE
Alana Teles
ResponderExcluirCepal pensamento economico perante os outrosa países desenvolvido nos países centrais !!DE desigualdades e controversas socias políticas !!
´Parabéns ao grupo!!
Falta na CEPAL a eficiência necessária para acabar com as desigualdades da América Latina. Isso seria decorrente do fato de que alduns dos que inspiraram o pensamento cepalino defenderem a economia sem barreiras, como Smith e Stuart. Se não houver nenhum organismo que regule a economia, ela não irá funcionar plenamente, uma das causas da Quebra da Bolsa em 1929 foi justamente a falta de um organismo que regulasse a economia. Talvez por causa desse princípio de "a economia deve andar livre e solta", a CEPAL não esteja agindo plenamente, preferindo deixar que várias questões, como a economia, se resolvam sozinhas.
ResponderExcluirJoão Batista de Oliveira Neto.
Olá,
ResponderExcluirAs ideias difundidas pelo pensamento cepalino demonstram a importância da integração
econômica regional para o desenvolvimento orientado pelo processo de substituição de importações e também para a formulação de estratégia visando uma maior
inserção da América Latina nas relações econômicas internacionais. Destacam ainda os
fatores que têm dificultado este processo de integração, principalmente no que diz respeito
à coordenação das políticas macroeconômicas
entre os países envolvidos.
ótimo trabalho do grupo.!
O pensamento cepalino foi fundamental para o desenvolvimento latino- americano. As políticas desenvolvidas a partir de pesquisas referentes a problemas pontuais fizeram com que os avanços integracionistas fossem reais. A diminuição da pobreza e o crescimento economico ainda faz parte da preocupação cepalina. Além disso, questões de desenvolvimento técnico, mão de obra especializada e qualificada para a crescente demanda por serviços será temas a serem desenvolvidos pela CEPAL.
ResponderExcluirParabéns ao grupo.
Gabriella França dos Santos.
A CEPAL tem papel fundamental para o desenvolvimento da América Latina, pois criada para monitorar as políticas direcionadas à promoção do desenvolvimento econômico da região, assessorar as ações encaminhadas para sua promoção e contribuir para reforçar as relações econômicas dos países da área, tanto entre si como com as demais nações do mundo. Posteriormente, seu trabalho ampliou-se para os países do Caribe e se incorporou o objetivo de promover o desenvolvimento social e sustentável.
ResponderExcluirO pensamento cepalino poderia servir de exemplo para as demais nações, pois tem como finalidade
o desenvolvimento sustentável.
Parabéns ao grupo!
Rafaella Ribeiro Bueno de Assunção
A ênfase nas estruturas é amplamente reconhecida como uma das características mais marcantes da teoria do subdesenvolvimento da CEPAL, que foi essencial para o desenvolvimento da América-latina.A influência da CEPAL no Brasil tem sido reconhecida como provavelmente a mais significativa entre os países da América Latina durante o pós-Segunda Guerra Mundial.
ResponderExcluirParabéns ao grupo!
Bruna Fonseca
Ótima apresentação, realmente muito bom ver vocês apresentando!
ResponderExcluirPenso que um grupo tão amplo como a CEPAL já deveria estar bem a frente nos seus objetivos, mas como se tratra de política, acredito que esses objetivos sejam alcançdos sucintamente!
Tiao Miranda Nunes!
A industrialização era o principal caminho para superação do subdesenvolvimento dos países da América Latina e incentivava a cooperação econômica entre seus membros.
ResponderExcluirParabéns ao grupo, gostei mesmo. E o texto também é bem esclarecedor.
Niely Lima
O pensamento cepalino é nao rotulado de retrógrado. A Cepal nunca postulou o fechamento da economia. Sempre foi recomendado que a abertura fosse feita de uma forma menos traumática e a mais participativa. Não podendo perder de vista que a globalização é incompleta e desigual. A Cepal tem enfatizado a ausência de uma governabilidade internacional.
ResponderExcluirSintia Pereira
O surgimento da corrente de pensamento econômico conhecida como Cepalina ou estruturalista, preocupava-se com o
ResponderExcluircrescimento aliado ao desenvolvimento e suas ênfases recaíam, ao mesmo tempo, na produção, na sociedade e na
observação das diferentes formas de dependências entre os países centrais e os países periféricos1. Com o passar das
décadas, a Cepal caracterizou-se como uma escola de pensamento especializado no exame das tendências
econômicas e sociais de médio e longo prazo dos países latino-americanos e ao estudo dos desafios que propõe a
necessidade de retomar o caminho do crescimento sustentado.
Camila Viana do Rosário
A Cepal se caracteriza pela luta da “equidade” econômica, política e social da América Latina e posteriormente do Caribe. Diante da dependência dos países sul-americanos frente aos países desenvolvidos, imposta desde os processos de exploração colonial, o que ocasionou a instabilidade política e econômica da região Sul. Houve a emergência de soerguer e amenizar os impactos ocasionados pelas potências européias, provocado por sua dominação de exploração. O movimento para criação de um organismo para promover o desenvolvimento econômico da América Latina a Cepal conduziu-se a partir de contribuições doutrinarias como; idéias positivistas ligada ao Estado como instrumento para intervenção político-econômica para a necessidade da sociedade; práticas liberais, mas com ressalvas liberdade delimitada; e o Estado sendo a autoridade máxima para intervir na economia e fazer as transações necessárias para estabiliza-se. Em suas ações a Cepal visa direcionar suas praticas conforme a necessidade especifica dos Estados latino-americanos com suas características peculiares, ação para um processo eficiente de industrialização para fortalecer a atividade comercial e conseqüentemente superar as dívidas contraídas desde a exploração colonial.
ResponderExcluirKillymandjara Kenia
Impresso em 17 de junho às 8:11 h.
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