quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tendências desenvolvimentistas da América Latina

Universidade Católica de Brasília
Curso: Relações Internacionais
Disciplina: Formação política e econômica da América Latina 1°/2011
Professor: Aylé Salassié
Integrantes do grupo: Bruna Fonseca, Flávia Souza, Flávio de Lima, Gabriealla dos Santos e Vasti Línive.



Tendências desenvolvimentistas da América Latina

A comissão Econômica para a América Latina e Caribe foi criada no dia 25 de fevereiro de 1948 com o principal objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social e a cooperação entre os países, mediante análise particular de problemas específicos das nações da América Latina e do Caribe.
A CEPAL monitora as políticas direcionadas a promoção do desenvolvimento econômico da AL, posse o papel de reforçar as relações econômicas da área entre si e os demais países do mundo através formulação de políticas públicas e ao apoio a cooperação e coordenação regional e internacional.
Todos os países da AL e Caribe fazem parte da CEPAL , bem como alguns outros países do mundo, como Alemanha de República da Coréia.
Retomar o caminho do crescimento sustentado e a consolidação de sociedades plurais e democráticas tem sido um dos desafios recentes da comissão. A CEPAL enxerga a necessidade do progresso técnico para a inserção competitiva da AL no âmbito global, para dessa forma aumentar o desenvolvimento latino americano.
O MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL) foi criado em 26/03/1991 com o tratado de assunção no Paraguai.
Embora o MERCOSUL supere suas dificuldades e comece a funcionar plenamente e possibilite a entrada de novas parcerias sul americana, esta integração9 econômica bem sucedida aumentaria o desenvolvimento econômico nos países membros, além de facilitar as relações comerciais entre o MERCOSUL e outros blocos econômicos, como a NAFTA e A UE. Economistas afirmam que muito em breve, dentro desta economia globalizada as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos.
Essas tendências serão cunhadas no âmbito social (claramente o melhoramento dos ícones do IDH) e no âmbito econômico, basicamente aumento das movimentações e acúmulos monetários e crescimento da indústria e tecnologia. Os índices sociais são guiados por propostas socialistas e seus representantes (políticos e alguns Estados como Cuba). Os índices de desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico são guiados pelos capitalistas e tem a maioria de representantes políticos e Estados, entre os quais estão principalmente Argentina e Brasil.
O dilema socialismo versus neo-desenvolvimentismo processa-se neste país através da disputa entre tendências para a radicalização e tendências para o congelamento do processo bolivariano. É o mesmo conflito que defrontaram outros processos nacionalistas e que teve um desenlace positivo na revolução cubana e desfechos regressivos em muitos outros casos. Este choque na Venezuela opõe os partidários do aprofundamento das reformas sociais aos defensores da ordem capitalista. A população vê esta confrontação como um conflito entre a liderança progressista de Chávez e as pressões dos grupos mais conservadores da burocracia estatal. Aprofundar o processo bolivariano implica complementar as melhorias sociais (redução da pobreza, aumento do consumo popular, gastos com as "missões") com uma estratégia de utilização produtiva da renda petrolífera. Esta política terá de visar a expansão da industrialização, criar emprego produtivo e multiplicar as cooperativas. Por esta via se alcançará a erradicação da atrofia de que padece uma economia muito dependente das importações e muito corroída pelos subsídios que embolsam as classes dominantes. O programa neo-desenvolvimentista aponta para a direção oposta. Estabelece entendimentos com os grupos capitalistas que se aproximam do governo para desenvolverem negócios lucrativos (grupos Mendoza e Polar) e promove um novo empresariado, que já emergiu em certos grupos do chavismo. Se este rumo se consolida, tenderão a agravar-se os desequilíbrios criados no decurso de uma administração de conjuntura florescente, sem estratégias de transformação radical (aumento das importações, retorno da inflação, ausência de investimentos privados, consumismo sem contrapartida produtiva).
Com um formato diferente, as mesmas encruzilhadas que se observam na Venezuela estão presentes na Bolívia. A antinomia entre neo-desenvolvimento e socialismo é condicionada pela correlação de forças entre a direita e as massas. A disputa social em curso depende também do perfil que assuma a nacionalização dos hidrocarbonetos. A nacionalização serviu para reconquistar a renda petrolífera antes embolsada pelas companhias multinacionais, porém ao preço da revalidação da presença no país dessas empresas. Mais importante ainda será a atribuição desses fundos. Num contexto económico favorável – e exatamente inverso ao de endividamento e de hiperinflação que carcomeu o governo de Siles Suazo nos anos 80 – o novo excedente pode servir ao ensaio de um modelo neo-desenvolvimentista ou para financiar a melhoria de vida da população. O trilho capitalista exigiria a canalização da renda em prol da consolidação do latifúndio da soja, a privatização das jazidas metalíferas e a ortodoxia monetarista. Um rumo socialista promoverá a reforma agraria, os aumentos de salários, a renacionalizarão das explorações mineiras e um processo de industrialização sem subsídios ao capital. Como em todo o resto da região, estas duas opções são antagónicas.

O que os fatos atuais mostram é justamente a realização das idéias, que esses desenvolvimentos estão em busca da sustentabilidade, protagonizado pelos biocombustíveis, energias limpas, valorização da biodiversidade e da cultura latina. Os fatos também mostram o potencial dos latinos como mercado consumidor e sua capacidade de receber investimentos estrangeiros, a exemplo da china que já investe mais na AL do que em qualquer outro lugar.
Há também os impasses ás realizações desses projetos, são principalmente as divergências entre os pólos socialistas e capitalistas e os atritos entre Brasil e Argentina, os maiores expoentes do bloco.

22 comentários:

  1. A América do Sul esta destinada a cumprir um grande papel na economia mundial, mas primeiro devemos resolver as diferenças internas e cumprir as necessidades sócio econômicas dos países integrantes do MERCOSUL. Há um longo caminho até que o MERCOSUL eleve a competitividade no nível da NAFTA e da UNIÃO EUROPEIA. Há quem diga que este é o momento da AL, e que temos todas as estruturas necessárias para tomar a frente na economia mundial. Eu espero que sim, mas não sei se as diferenças internas transportarão parâmetros do que "deve ser" para "O que será", e sublimarão a concretização deste desejo. Internacionalistas, temos muito trabalho a cumprir...


    Bruno de Pádua

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  2. Tendências desenvolvimentistas da América Latina, pelo que eu entendi, são a junção de todos as comissões e os movimentos que vimos ao decorrer das apresentações, mostrando o auxilio que cada um presta aos países da América Latina.

    Parabéns ao grupo, pelo resumo bem explicativo.

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  3. O socialismo ainda é discutido na América Latina, os principais defensores: Hugo Chavéz, Evo Morales e Fidel Castro. Segundo Mariatégui, intelectual marxista peruano, a América Latina deveria construir um socialismo próprio, que levasse em consideração as tradições, a cultura e os costumes dos povos nativos da região. Cuba, um país que levou a sério tal doutrina, hoje se encontra mais flexível nas relações com os demais países, ressaltqando que mesmo socialista, o país é referÊncia em saúde e educação. No mundo: uma vez capitalista sempre capitalista. Adotar o socialismo, nessa altura do campeonato significaria regredir...

    PARABÉNS AO GRUPO!!!!

    VASTI LÍNIVE

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  4. Argentina que torna um país democratico embora o declinio economico ,que o sociolismo ,agregou ao sistema capitalista!
    Alana Teles

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Olá,

    Além das questões teóricas, há certamente ingredientes de ordem sociológica. Em sociedades com elevados níveis de desigualdade, como é o caso latino-americano, o empreendimento desenvolvimentista se torna um grande desafio.

    Parabéns aí ao grupo.

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  7. O fim da Guerra Fria pode ter significado a derrocada do socialismo, mas este continua sendo o principal oponente do sistema capitalista. Por isso, o socialismo continua sendo discutido e mesmo apoiado por certos críticos do capitalismo. Na América Latina, países como Venezuela e Bolívia tem se mostrado com um tendência pró-socialista. Porém, o fazem em resposta à influência dos Estados Unidos no continente. Por isso não percebem que o socialismo não funciona na prática, a experiência da URSS (e mesmo de outros países, como a Coréia do Norte) mostra isso.

    João Batista de Oliveira Neto.

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  8. Muito interessante isso aí, todos os países da América Latina e do Caribe são membros da CEPAL, junto com algumas nações desenvolvidas, tanto da América do Norte como da Europa, que mantêm fortes vínculos históricos, econômicos e culturais com a região. No total, os Estados-membros da Comissão são 44 e 8 membros associados, condição jurídica acordada para alguns territórios não-independentes do Caribe.
    A CEPAL tem duas Sedes Sub-regionais, uma para a América Central, localizada no México, DF, e a outra para o Caribe, localizada em Porto Espanha, Trinidad e Tobago. Possui 5 escritórios nacionais: em Brasília, em Bogotá, em Buenos Aires, em Montevidéu e em Washington.

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  9. A criação de organismos como MERCOSUL, CEPAL demonstrão a vontade do povo latino americano de criar um melhor futuro. Esses organismos visão a solução de prolemas sociais e econômicos da america latina.É como se diz: "a união faz a força" e latino americanos conhecem bem isso. Nós latino americanos temos variás coisas em comum, e uma delas é a vontade do desenvolvimento que nos proporcionará uma vida digna, em paz, e felicidade.

    Viva a America Latina !

    Parabéns ao grupo.

    Douglas Andrade F. Cavalcante

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  10. Muito bem,grupo! ;)
    Focando na questão MERCOSUL, acho que nosso bloco tem sim todo potencial para ser referência na economia mundial.A América Latina se encontra em um momento muito favorável à isso. Fazendo o link com o texto "América Latina,protagonista da atual década", podemos observar a boa fase econômica desta parte do continente: As condições mais relevantes, as quais se devem o destaque atual da região, é a fase de estabilidade democrática e macroeconômica e a elevada oferta de minerais e alimentos, as matérias-primas de maior demanda atualmente. Cita-se também o aumento na renda das populações latino-americanas e o surgimento de uma ampla classe média e jovem, que têm gerado redução da pobreza e transformado a região em um mercado muito atraente. A renda da população cresceu tanto que criou um bloco de consumo muito forte “invejado pelas empresas”. Os avanços em políticas sociais e macroeconômicas alcançados nos últimos anos pela região tornam favorável esta ser a “década da América Latina”. Outro fator que favorece o provável destaque é a ausência de conflitos ou problemas por diferenças religiosas, ao contrário das ricas regiões do Oriente Médio, por exemplo. Acho que tudo isso ajuda a consolidar o Mercosul como o grande bloco econômico destes tempos.

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  11. Este comentário foi removido pelo autor.

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. A influência da CEPAL no Brasil tem sido reconhecida como provavelmente a mais significativa entre os países da América Latina.
    CEPAL enxerga a necessidade do progresso técnico para a inserção competitiva da AL no âmbito global.

    Parabéns ao grupo!

    Camila do Rosário

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  14. A América Latina vêm surpreendendo todos, antes considerada lugar de possibilidades futuras, hoje vista como garantia de sucesso. Através de alguns acordos, que a cada dia ajudam a consolidar ainda mais os países latino-americanos no cenário econômico mundial, os países da AL vêm tendo um processo de integração mais acentuado, visando aumentar as trocas internas comerciais, melhoramento da qualidade de vida da população de forma sustentável e um maior diálogo entre os países vizinhos. Assim a América Latina está inserida em um grande bloco econômico, o Mercosul, que já tem visibilidade no mundo todo, e que atualmente faz acordos com a União Européia, significando maior desenvolvimento para os países latino-americanos e sua população. A tendência é de explorar com mais eficacia os blocos econômicos já existentes ampliando para novos acordos com outros blocos.

    Parabéns ao grupo!

    Rafaella Ribeiro Bueno de Assunção

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  15. Acredito que a formação de blocos é importante para o desenvolviemnto da região, pois juntos os paises podem de certa forma trabalhar em conjunto e construir uma boa imagem da AL!

    Parabéns ao grupo!

    OBS: Não consegui postar com meu nome!
    Tiago Miranda Nunes!

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  16. O fracasso do Consenso de Washington e das políticas macroeconômicas baseadas em altas taxas de juros e taxas de câmbio não competitivas em gerar crescimento econômico levou a América Latina à necessidade de formular estratégias nacionais de desenvolvimento. O novo desenvolvimentismo é uma estratégia alternativa, não apenas à ortodoxia convencional mas também ao antigo nacional-desenvolvimentismo latino-americano. Enquanto o nacional-desenvolvimentismo se baseava na tendência à deterioração dos termos de troca e, adotando uma abordagem microeconômica, propunha planejamento econômico e industrialização, o novo desenvolvimentismo assume que a industrialização foi alcançada, embora em graus diferentes para cada país, e argumenta que, a fim de garantir taxas rápidas de crescimento e alcançar os países desenvolvidos, o que precisa ser neutralizado é a tendência da taxa de câmbio à sobrevalorização. Contrariamente às alegações do pensamento econômico convencional, um Estado capaz continua sendo o instrumento chave para garantir o desenvolvimento econômico, e a política industrial continua a ser necessária; mas o que distingue a nova abordagem é principalmente o crescimento com poupança interna, em lugar do crescimento com poupança externa, uma política macroeconômica baseada em taxas moderadas de juros e uma taxa de câmbio competitiva, em lugar das altas taxas de juros e das moedas sobrevalorizadas preconizadas pela ortodoxia convencional.

    Sintia Pereira

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Integrante do grupo.


    Bruna Fonseca

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  19. O estudo da Cepal reconhecia no Estado um papel estratégico para lograr o desenvolvimento econônico e social via industrialização. Como a Nayara disse, eu também entendi desse modo, que as tendências desenvolvimentistas da América Latina são todos os pontos estudados nas outras apresentações, uma união de tudo que de certa forma mostra a contribuição que a Améria Latina recebeu de cada um.

    Niely Lima

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  20. A institucionalização dos blocos econômico em conformidade com a globalização abriu um caminho para a inserção de economias que antes estavam isoladas e, por conseguinte encontrar alternativas para o desenvolvimento político-econômico e posteriormente chegar-se a equidade, para que países pobres possam ter chances de competir com economias desenvolvidas, e portanto, minimizar as injustiças impostas desde os tempos do mercantilismo.

    Killymandjara Kenia

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